Até agora, ela é a maior conferência já realizada pelas Nações Unidas.
Há 20 anos, o Rio
de Janeiro foi o palco para um marco no assunto meio ambiente. A Rio-92,
também conhecida como Cúpula da Terra ou Eco-92, foi até agora a maior
conferência já realizada pelas Nações Unidas. Cento e setenta e dois
países se reuniram para discutir problemas ligados à preservação
ambiental e ao desenvolvimento sob uma perspectiva global. Eram
diferentes etnias e culturas unidas para discutir o futuro do planeta.
Cerca de dez mil jornalistas do mundo todo fizeram parte da cobertura do
evento no Rio Centro, que também teve atividades paralelas no Aterro do
Flamengo, onde acontecia o Fórum Global. A proximidade com a realização
de um evento tão importante trouxe para o dia a dia dos cariocas a
discussão sobre ecologia e a semente do desenvolvimento sustentável. A
Rio-92 conseguiu envolver boa parte da população, visitantes de outras
cidades brasileiras e de várias partes do mundo, que garantiram o
sucesso e a grande repercussão. Foram assinados vários documentos que
influenciam até hoje nas decisões governamentais.
Entre eles está a convenção da biodiversidade, que estabeleceu metas
para a preservação da biodiversidade biológica e para a exploração
sustentável do patrimônio genético. A Convenção do Clima, que reconheceu
que o clima da Terra está mudando rapidamente em função da atividade
humana. Outro documento foi a Declaração de Princípios sobre Florestas,
que trata do aproveitamento sustentável das matas. Mas o principal
documento da Rio-92 foi a Agenda 21, um programa de ações que visa
fomentar em escala planetária um novo modelo de desenvolvimento capaz de
aliar os padrões de consumo e produção com o objetivo de reduzir as
pressões ambientais e atender às necessidades básicas do ser humano.
A Agenda 21 é o documento mais abrangente sobre questões ambientais por
tratar de temas como biodiversidade, recursos hídricos,
infra-estrutura, problemas de educação, habitação, entre outros.
Em 2002 aconteceu a Conferência de Joanesburgo, na África
do Sul, a Cúpula do Desenvolvimento Sustentável, também conhecida
como Rio+10. O objetivo da convocação era resolver a implementação das
metas de 1992, solucionar o problema dos recursos financeiros para
ajudar países em desenvolvimento, a transferência de tecnologias e
instrumentos para que os acordos avançassem mais rápido. Mas a
conferência fracassou.