Há muitas respostas possíveis para essas perguntas. Todas elas deveriam servir de inspiração para os diplomatas que definirão a partir desta quarta-feira (13/6) no Rio de Janeiro o texto final da Conferência da ONU que será assinado pelos chefes de estado. Após várias rodadas de muitas conversas e poucos avanços, chegou-se a um texto onde 75% dos parágrafos estão em aberto. Ou seja, um documento que ainda não disse a que veio, bastante difuso, e segundo testemunhas, sonolento.
Quando os interesses de curto prazo atropelam o instinto de sobrevivência coletivo, não há razão para megaeventos como a Rio+20. O mínimo que se pede daqueles que representam os interesses de cada país é que honrem a gigantesca expectativa que paira sobre eles neste momento. Perdemos o direitos de errar, e o maior dos erros agora é se omitir. O custo de ajustarmos a economia global na direção de um modelo mais inclusivo e sustentável é infinitamente menor do que o custo da inação, de não agir, de replicar o “business as usual”. O risco de um colapso em escala global — a partir da falência múltipla dos ecossistemas já exauridos pela demanda crescente de água, matéria-prima e energia em proporções insustentáveis - é iminente.
O momento é agora. O Rio de Janeiro é o lugar. Estamos de olho.
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