G77+China apresentou solução para 'destravar' meios de
implementação.
Resultado do encontro será acordo político e
compromissos voluntários.
O Brasil e os países membros do grupo G77+China apresentaram proposta
de criação de um fundo de US$ 30 bilhões por ano para fomentar o
desenvolvimento sustentável no mundo, informou nesta quarta-feira (13) o
negociador-chefe do Brasil na Rio+20, embaixador Luiz Alberto
Figueiredo.
A proposta ainda deverá ser debatida durante as negociações.
De acordo com o brasileiro, a solução foi apresentada como forma de
solucionar o tópico "meios de implementação" do documento final da
Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, que
deve terminar no próximo dia 22, com a presença de chefes de Estado.
"O G77+China teve a ideia de criar um fundo para o desenvolvimento
sustentável nos níveis de US$ 30 bilhoes e essa é uma proposta que conta
com grande respaldo dentro do grupo e faz parte da negociacao que é
conduzida [no Riocentro]", disse Figueiredo.
Em entrevista coletiva realizada no Riocentro, o secretário-geral da
ONU para a Rio+20, Sha Zukang, disse que os países sairão do Brasil com
um acordo final de cunho político, mas de cumprimento não obrigatório, e
com compromissos voluntários dos governos e organizações interessadas.
Entretanto, ele não apresentou detalhes sobre o assunto.
Ele confirmou que cerca de 50 mil pessoas participarão da Cúpula da
ONU, sendo que 20 mil são membros da sociedade civil. Zukang disse estar
feliz pela importância que os brasileiros dão ao encontro do Rio de
Janeiro, que acontece 20 anos depois da Rio 92, até então considerada a
maior reunião das Nações Unidas.
O
embaixador Luiz Alberto Figueiredo, negociador-chefe da delegação do
Brasil, e o secretário da ONU para a Rio+20, Sha Zukang. (Foto: Giovana
Sanchez/G1)
Negociações seguem no Riocentro
Após a abertura oficial da Rio+20, realizada pela manhã, grupos de trabalho foram divididos para conseguir "destravar" itens do documento final, que será assinado por governantes durante o "Segmento de Alto Nível", que ocorre de 20 a 22 de junho.
Após a abertura oficial da Rio+20, realizada pela manhã, grupos de trabalho foram divididos para conseguir "destravar" itens do documento final, que será assinado por governantes durante o "Segmento de Alto Nível", que ocorre de 20 a 22 de junho.
Mais cedo, em entrevista ao G1, o embaixador Luiz
Alberto Figueiredo, disse que houve consenso entre os países em apenas
25% do texto final, mas, segundo ele, o número aparentemente baixo não
dá a “ilusão” de que houve pouco andamento nas negociações.
Figueiredo explicou que os delegados presentes foram divididos em dez
grupos de discussão, com o intuito de sintetizar as opiniões, liderados
por co-presidentes designados pelo secretariado da Rio+20.
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