8 de Maio
A arte cria beleza
O pintor tem a sensibilidade que muitas vezes nos
falta
de sentir o mundo e traduzi-lo de forma brilhante em seus mais
pitorescos
aspectos, quando muitas vezes, para nós, a obviedade diária
não traz resquício algum de beleza.
As texturas, linhas, cores e planos unem-se ao prazer transmitido
pela magnífica
interação da linguagem cromática.
O pintor transforma em poesia o retrato de seu
tempo.
Exatamente por esse aspecto histórico da pintura, vários estudiosos
(historiadores, inclusive) utilizam-se de quadros de artista das
épocas
que são seu objeto de análise.
Através deles é possível compreender os conceitos morais,
éticos e o dia-a-dia das pessoas retratadas.
A data da comemoração foi escolhida em homenagem ao pintor
José Ferraz de Almeida Júnior, lembrando o seu nascimento em
Itú-SP, no dia 8 de maio de 1851.
Almeida Júnior estudou na Academia Imperial de Belas-Artes, onde
foi aluno de Júlio Le Chevrel e de Vítor Meireles.
Teve, também, formação européia, nomeadamente,
na Escola Superior de Belas-Artes de Paris, tendo sido aluno do
célebre
Cabanel.
Os pintores são, decerto, os menos festejados
entre
todos profissionais do setor artístico.
Paradoxalmente, no entanto, são os mais lembrados post-mortem,
pelo
fato de seus trabalhos ficarem materializados para a posteridade.
Contudo, ainda hoje, as homenagens são raras...
Diferente do que ocorre com os de outras áreas, dificilmente, a
morte
de um artista plástico é noticiada nos jornais - sequer no obituário
-, a não ser quando a família paga.
Não noticiam até porque não conhecem os artistas plásticos
brasileiros.
A profissão, tampouco, é reconhecida no Brasil, o que só
acontece na Alemanha, Bélgica e Canadá.
É a realidade.
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